terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aromatologia

Aromatologia é uma terminologia criada na França - berço da moderna aromaterapia (termo criado pelo químico René-Maurice Gattefossé na década de 20), para designar, destacar o uso interno (oral) de óleos essenciais.

É como um "seguimento" da fitoterapia, diferenciando-se por serem infinitamente mais concentrados os óleos essenciais - em alguns casos, são necessárias algumas toneladas da planta para se conseguir apenas 1 litro do óleo essencial, porém, geralmente se utilizam algumas gotas do óleo essencial e a resposta terapêutica costuma ser muito mais rápida também - alguns tratamentos demoram poucos dias, horas ou até mesmo em alguns minutos já se estabelece a normalidade.

Outra vantagem em se utilizar óleos essenciais é a praticidade - facilidade em se transportar, pois um frasco com 10 ml - geralmente a dosagem que se toma é de 3 gotas 3 vezes ao dia - contém em torno de 250 gotas.

Hoje em dia, existe um debate sobre uma legislação apropriada ao uso de óleos. Eles estiveram presentes na Farmacopéia Britânica por muitos anos, vindo a se tornarem a base de muitos medicamentos que ainda são utilizados atualmente. Contudo óleos essenciais verdadeiros não podem ser regulamentados como remédios.
Devido a eles serem obtidos de uma simples planta, e as plantas estarem sujeitas a uma série de variáveis (do clima, solo, quantidade de luz, etc), ou seja, um óleo essencial de uma mesma espécie de planta pode ter uma composição química totalmente distinta em termos de fármacos ou teores de princípios ativos (quimiotipo), é impossível determinar de forma adiantada a cromatografia de qualquer óleo.
Até o presente momento a maioria dos óleos essenciais verdadeiros estão enquadrados dentro da legislação de alimentos e cosméticos. Este é o caso para um “padrão base”, não do tipo “padrão de eficácia” que existe nos EUA, por exemplo, para se estabelecer e que pode permitir um conceito apropriadamente adequado dos óleos essenciais, tanto utilizando-os na aromaterapia pela massagem ou intensivamente em aplicações tópicas ou internamente como na aromatologia.

Na Grã-Bretanha, por inúmeras razões, entre elas ignorância e apreensão, a aromaterapia tem sido reduzida a uma fração de seu potencial. Não é mais do que “massagem com cheiros” para muitas pessoas. Muitos argumentos têm sido apresentados por alguns (e.g., Lis-Balchin, 1997) contra qualquer tipo de uso da aromatologia, chegando até mesmo a alegar ser esta uma prática ilegal. Tais pessoas criticam negativamente o uso interno dos óleos essenciais. Ao fazer isso eles demonstram a ignorância com relação à terapia ao qual praticam. Óleos essenciais aplicados pela massagem são absorvidos pelo corpo através da pele (enquanto o óleo carreador (vegetal), dependendo do tipo de densidade permanece durante muito tempo sobre a superfície. Uma vez que o óleo tenha atravessado a pele, ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea e levado ao corpo inteiro. Então ao invés de conceituar a aromatologia como se ela fosse um estudo completamente separado, seria melhor aceitá-la como sendo parte da aromaterapia, sendo que não existem argumentos sustentáveis que as separe de qualquer forma, sendo no uso da massagem ou de outras formas. É conhecido que o uso irresponsável dos óleos internamente pode causar irritações no estômago. Isso deve ser levado em conta. Entretanto, o uso irresponsável de qualquer outro medicamento fará o mesmo. A aspirina (Ácido acetil-salicílico - medicamento feito a partir da casca de alguns tipos de plantas do gênero Salix), por exemplo, sabe-se que exacerba úlceras estomacais, sendo que alguns ainda sugerem que a ela é uma das causas de úlceras. Então é por isso que aromaterapeutas ou aromatologistas/aromatólogos (que praticam aromatologia) precisam ser treinados com tanto rigor quanto qualquer médico.

Vejo ser importante ressaltar que os óleos essenciais podem ser substitutos de remédio alopáticos (sintéticos), desde que, conforme disse anteriormente, seja feito o acompanhamento por um terapeuta (aromatologista, ou aromatólogo), capacitado, com a vantagem de não causar os mesmos efeitos colaterais.

É muito comum também o uso de óleos essenciais na culinária, na gastronomia francesa - puros ou diluídos em óleos vegetais (linhaça, girassol, oliva, semente de uvas, etc...), obtendo-se assim, não só nuances de aromas e sabores especiais, mas agregando-se também propriedades terapêuticas aos alimentos - principalmente se forem cozidos.

Há também o uso dos aromas (aromacologia), uma ciência assim como a aromatologia reconhecida no meio acadêmico - o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2004 foi sobre os efeitos dos aromas (Richard Axel e Linda B. Buck), pois, como os aromas atingem uma região cerebral conhecida como sistema límbico (chamado também de "centro das emoções"), eles podem tanto ter efeitos calmantes como excitantes e muitas empresas e até mesmo hospitais no mundo todo utilizam óleos essenciais com sucesso.

Vale destacar a diferença entre essência e óleo essencial.
O primeiro (essência) é um produto sintético, na maioria dos casos totalmente artificial - infelizmente, poucas essências que são encontradas no mercado são advindas do isolamento de anéis aromáticos (moléculas aromáticas). Já o óleo essencial, conforme citado, é um "produto" natural, extraído por alguns métodos, dependendo do tipo de planta, da parte da planta e que possui uma energia vibratória, vibracional elevadíssima.

Referências:
1- Franchomme, P, Penoel, D. 1996 L'aromatherapie exactement, Limoge: Roger Jollois.

2- Price, S, Price, L. 1995 Aromatherapy for Health Professionals, Edinburgh: Churchill Livingstone.

3- Lis-Balchin, M. 1997 "Essential Oils and 'aromatherapy': their modern role in healing." Journal of the Royal Society of Health (1997), 117(5): 324-329.

4- Tisserand, R, Balacs, T. 1995 Essential Oil Safety: A guide for health care professionals. Edinburgh: Churchill Livingstone.

5- Valnet, J. 1993 The Practice of Aromatherapy, Saffron Walden: Daniel.

6- Buck L, Axel R (April 1991). "A novel multigene family may encode odorant receptors: a molecular basis for odor recognition". Cell 65 (1): 175–87.

7- Pellicer A, Wigler M, Axel R, Silverstein S (May 1978). "The transfer and stable integration of the HSV thymidine kinase gene into mouse cells". Cell 14 (1): 133–41.

8- Pellicer A, Robins D, Wold B, et al. (September 1980). "Altering genotype and phenotype by DNA-mediated gene transfer". Science 209 (4463): 1414–22.

9- Ngai J, Dowling MM, Buck L, Axel R, Chess A (March 1993). "The family of genes encoding odorant receptors in the channel catfish". Cell 72 (5): 657–66.

10- Ngai J, Chess A, Dowling MM, Necles N, Macagno ER, Axel R (March 1993). "Coding of olfactory information: topography of odorant receptor expression in the catfish olfactory epithelium". Cell 72 (5): 667–80. 8453662" rel="nofollow">8453662.

11- Vassar R, Ngai J, Axel R (July 1993). "Spatial segregation of odorant receptor expression in the mammalian olfactory epithelium". Cell 74 (2): 309–18.
12- Chess A, Simon I, Cedar H, Axel R (September 1994). "Allelic inactivation regulates olfactory receptor gene expression". Cell 78 (5): 823–34.

13- Vassar R, Chao SK, Sitcheran R, Nuñez JM, Vosshall LB, Axel R (December 1994). "Topographic organization of sensory projections to the olfactory bulb". Cell 79 (6): 981–91.

14- Dulac C, Axel R (October 1995). "A novel family of genes encoding putative pheromone receptors in mammals". Cell 83 (2): 195–206.

15- Mombaerts P, Wang F, Dulac C, et al. (November 1996). "Visualizing an olfactory sensory map". Cell 87 (4): 675–86.

16- Wang F, Nemes A, Mendelsohn M, Axel R (April 1998). "Odorant receptors govern the formation of a precise topographic map". Cell 93 (1): 47–60.

17- Vosshall LB, Amrein H, Morozov PS, Rzhetsky A, Axel R (March 1999). "A spatial map of olfactory receptor expression in the Drosophila antenna". Cell 96 (5): 725–3.

18- Belluscio L, Koentges G, Axel R, Dulac C (April 1999). "A map of pheromone receptor activation in the mammalian brain". Cell 97 (2): 209–20.

19- Vosshall LB, Wong AM, Axel R (July 2000). "An olfactory sensory map in the fly brain". Cell 102 (2): 147–59.

20- Gogos JA, Osborne J, Nemes A, Mendelsohn M, Axel R (November 2000). "Genetic ablation and restoration of the olfactory topographic map". Cell 103 (4): 609–20.

21- Scott K, Brady R, Cravchik A, et al. (March 2001). "A chemosensory gene family encoding candidate gustatory and olfactory receptors in Drosophila". Cell 104 (5): 661–73.

22- Cutforth T, Moring L, Mendelsohn M, et al. (August 2003). "Axonal ephrin-As and odorant receptors: coordinate determination of the olfactory sensory map". Cell 114 (3): 311–22.

23- Eggan K, Baldwin K, Tackett M, et al. (March 2004). "Mice cloned from olfactory sensory neurons". Nature 428 (6978): 44–9.

24- Barnea G, O'Donnell S, Mancia F, et al. (June 2004). "Odorant receptors on axon termini in the brain". Science (New York, N.Y.) 304 (5676): 1468.

25- Shykind BM, Rohani SC, O'Donnell S, et al. (June 2004). "Gene switching and the stability of odorant receptor gene choice". Cell 117 (6): 801–15.

26- Lomvardas S, Barnea G, Pisapia DJ, Mendelsohn M, Kirkland J, Axel R (July 2006). "Interchromosomal interactions and olfactory receptor choice". Cell 126 (2): 403–13.

27- Eisner, Robin (Winter 2005).
"http://www.cumc.columbia.edu/news/journal/journal-o/winter-2005/nobility.html"

28- Buck, L. and Axel, R. (1991) Cell, vol. 65, 175-187.

Todo este conhecimento encontra-se disponível no Brasil através de cursos e palestras.

Para informações sobre os mesmos, basta entrarem em contato comigo através do e-mail: aleharmonica8@yahoo.com.br
ou pelo fone: (48) 32373714


3 comentários:

  1. Ale,
    Parabéns, pela iniciativa, te admiro muito.
    Bjos

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  2. Seminário: Espagiria; as Plantas e os Planetas

    A Fitoterapia Alquímica e os Arquétipos Planetários no Homem e nas Plantas

    com Dr. Alessandro Gulletta

    Itália

    Belo Horizonte – 02 e 03 de abril





    O termo Espagiria foi cunhado por Paracelso, médico e alquimista suíço e se compõe de duas raízes verbais de origem grega: “spao”, extraio e “ageraion”, aquilo que não envelhece ou aquilo que é imortal.

    O trabalho de um Espagirista consiste em extrair os três princípios constituintes da matéria, separá-los, purificá-los e então reuni-los para dar vida a um novo indivíduo.

    Na prática espagírica, se consideram numerosíssimas variáveis, entre as quais, as características astrológicas no momento da colheita e da execução do trabalho. Tudo isso é feito a fim de tornar o melhor possível o produto final, pois não se trabalha exclusivamente no mundo da matéria, mas principalmente a nível de energia sutil e extremamente particular pois segundo os ditames da base da alquimia (a Tábua de Esmeralda de Hermes Trimegistos) “assim como é em cima, também é em baixo”.

    Para harmonizar o próprio trabalho com os movimentos da energia universal, é necessário olhar o céu e trabalhar em harmonia com os seus movimentos. Na preparação de um remédio espagírico, uma vez considerada a situação astrológica do arquétipo sobre o qual se quer trabalhar, a lunação e as condições da planta, se considerará ainda, dia e hora de colheita, porque assim como o corpo humano tem um ritmo, também as plantas manifestam ciclicamente períodos de maior força.

    Por tudo isso, o remédio espagírico pode ser usado em dosagens muito menores que qualquer remédio galênico manifestando maior força e agindo contemporaneamente em vários planos do ser. Para escolher um remédio espagírico se considera a constituição natal de um indivíduo e por isso é útil ler o seu mapa natal ou, a condição do céu no momento em que nasceu.



    Programação do Seminário:

    História:
    - Índia - Antigo Egito - Grécia Antiga - Europa Medieval

    Os Quatro Elementos constituintes da matéria
    - Fogo - Água - Terra - Ar

    Os Três Princípios
    - Enxofre - Mercúrio - Sal

    Os Sete Arquétipos Planetários e a Mitologia relacionada a eles.
    Os Doze Signos do Zodíaco relacionados ao corpo humano e aos Meridianos da Medicina Tradicional Chinesa
    Apresentação da Fitoterapia Energética e os pressupostos essenciais para o trabalho prático.
    Os Arquétipos Planetários no Homem e nas Plantas:
    - Júpter - Sol - Lua - Saturno - Marte - Vênus - Mercúrio



    Dr. Alessandro Gulletta é Engenheiro Agrônomo, especialista em Plantas Medicinais, Medicina Tradicional Chinesa, Astrologia, Mitologia e Espagiria.



    DATA: 02 e 03 de abril 2011

    HORÁRIO: 09:00 às 18:00

    INVESTIMENTO: R$ 300,00

    LOCAL: Condomínio Jardins de Petrópolis - Nova Lima



    INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

    Ana Paula: iridologia@ymail.com

    fone: 38-3541-6173

    As inscrições estão abertas até 25 de março enquanto houver vagas.

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  3. me podrían dar mas información acerca de las cenizas de las plantas

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